domingo, 12 de setembro de 2010

Amigos e política


Ninguém pensa ou dá a importância que deveria ser dada ao cotidiano, fazendo da vida um mero acontecimento casual. Triste constatação, pois o fluxo diário de nossas vidas deveria ser analisado meticulosamente numa singela, porém profunda meditação, tendo em vista que, de fato, absolutamente nada ocorre por acaso... Nada mesmo!

As "atividades profissionais" certificam nossas missões e/ou débitos de nosso passado vivencial noutras encarnações, bem como nossa família, pois lá estarão os que nos apoiarão e/ou testarão nossa paciência, empurrando-nos muitas vezes ao desespero, brigas, desentendimentos e insatisfações profundas durante nossa encarnação atual. Mas que são necessárias e vitais para que, diante destes atritos nada casuais, nos elevem na evolução da escala espiritual, haja vista que só após os méritos das experiências na vida é que podemos ascender aos cumes celestes em plagas paradisíacas, verdadeiro panteão da liberdade e justiça tão proclamada pelo mestre Jesus aos seus seguidores.

Interessante quando nesta rotina diária damos de encontro com supostos "amigos", pois estes deveriam ser, de fato, mais que amigos. Deveriam ser verdadeiros irmãos, mas no momento que mais necessitamos todos fogem, dando o testemunho de covardia, frouxidão moral e caráter pífio. Sobram raros amigos e estes devem ser analisados com muita acuidade, pois ficaram ao seu lado por amor aos mesmos ideais ou por interesse noutro intento que mantém escondido se utilizando da capa de "amigo" apenas para aparentar serem "boa praça". Muito cuidado com os amigos, pois só eles te derrubarão, haja vista que são os únicos para quem damos as costas, sendo que aos inimigos já tomamos a devida precaução.

Interessante mesmo são os "inimigos" que ao evoluírem pedem perdão no reconhecimento de erros e faltas cometidas, ou seja, evoluíram e não suportam mais viver com a intriga da inimizade, pois as energias exaladas numa contenta, ainda que dissimulada, são extremamente negativas promovendo aos envolvidos muitos dissabores psíquicos. Certamente, só a paz e a fraternidade nos elevam às culminâncias da sabedoria, pois sábio é o que ma ntém equilíbrio e justiça divina a sua volta.

Atenção criteriosa deve ser dispensada à falta de grana, pois somente aí é que reconhecemos os amigos e inimigos. É como jogar óleo na água, eles não se juntam. Separam-se naturalmente, então sua vivência na penúria financeira irá aproximar os sinceros e verdadeiros e afastar os que se utilizavam das "aparências" apenas tentando se locupletar de sua amizade, até então interesseira, pois um dia você estava no alto do "poder e da riqueza", mas logo após a descida à vida simples e prosaica estes "vampiros do cotidiano" se afastam. Isso porque enxergam mais o "sangue oportunista" para elaborarem seu "alpinismo social". É a escória dos "falsos amigos".

Neste corolário, deve- se dar importância capital à meditação de seu dia-a-dia, pois fatos e mais fatos ocorrem dando-lhe a perfeita noção do joio e trigo permitindo-lhe a separação devida e a semeadura só nos terrenos da boa vizinhança, ou seja, afaste seus amigos falsos, eles são piores que seus mais atrozes inimigos. Eles sugam suas melhores energias, pois estão ao seu lado com as ventosas da inveja, falsidade, orgulho e egoísmo. No momento adequado, darão a "facada nas suas costas" como na peça de William Shakespeare.

Acima de tudo, tenham a convicção que apenas nos grandes problemas é que estão as grandes oportunidades de se elevar na escala evolutiva, pois aí é o palco do testemunho que lhe alçará à novas diretrizes ainda mais elevadas no voo da liberdade, lembrando-se sempre que Deus não coloca fardos pesados em ombros leves.

Amizade, inimizade e problemas... todos são ingredientes da vida, necessários como já dissemos, mas que não devem ser deixados de lado sem a devida análise cotidiana. O mapa da mina está nestas pequeninas coisas, nestes pequeninos acontecimentos. Somente assim poderemos decifrar com menor índice de erro a interpretação da sabedoria do viver, haja vista que Sócrates não disse ao acaso: "A vida sem análise não merece ser vivida".

O mestre grego já sabia há mais de 2.500 anos sobre a importância do viver e pensar e acima de tudo educou seus discípulos na maiêutica, pois buscar respostas é importante, mas sábio mesmo é saber fazer as perguntas certas. Olhe-se no espelho d’agua assim como Caravaggio em "O Narciso" e faça as três mais célebres perguntas:

1) De onde vim?
2) Porque estou aqui?
3) Para onde vou?

Muito embora a mídia mundial insista em dizer que não sabemos, apoiados pela Ciência profana e interesseira, rodeados de Clérigos de Sacristia espúria, ambos chafurdados na lama da Corrupção Histórica. Mesmo assim, já podemos e sabemos de tudo, mas você deve fazer as suas próprias perguntas sobre sua vida e destino. Deve, sim, se libertar do pensamento de gado e alçar o voo de Fernão Capelo Gaivota de Richard Bach.

Medite, pense e voe para a tão almejada liberdade e independência no viver. Nelson Mandela esteve preso entre grades, mas 100% liberto em seus pensamentos. Este mártir africano é o maior avatar vivo entre nós contemporâneos. Para variar, o mundo só o reconhecerá após sua desencarnação, pois sabemos que raramente alguém é profeta em sua própria terra:

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